Zi Facella

Conheça Zi Facella

Zingomar Facella, conhecido artisticamente como Zi Facella, nasceu em 21 de setembro de 1950, no bairro do Cambuci, em São Paulo, onde mantém sua residência e ateliê até os dias atuais. Filho de Mery Volpi Facella e Zulmiro Facella, Zi cresceu em um ambiente de grande efervescência artística, influenciado diretamente por seu tio-avô, o renomado pintor Alfredo Volpi.

Desde a infância, Zi teve contato com a obra e os processos criativos de Volpi, que se tornou sua principal referência no mundo das artes plásticas. As visitas frequentes ao ateliê do tio-avô lhe proporcionaram a oportunidade de observar de perto técnicas, estudos cromáticos e o rigor construtivo que marcariam sua futura trajetória artística.

Início da Carreira e Desenvolvimento Estético

Apesar da influência familiar, Zi Facella seguiu um percurso distinto antes de ingressar definitivamente no mundo das artes. Foi apenas em 1987 que iniciou sua produção artística de forma estruturada, desenvolvendo um estilo singular que dialoga com a geometria, cores vibrantes e composições equilibradas.

A exemplo de Volpi, Zi optou pela têmpera como principal técnica, fabricando suas próprias tintas a partir de pigmentos naturais. Esse processo artesanal confere textura, luminosidade e resistência às cores, garantindo a longevidade de suas obras. Seu trabalho é marcado pelo uso de transparências, volumes e sobreposição de formas geométricas, criando um jogo dinâmico entre figuração e abstração.

Seus primeiros estudos foram baseados em elementos do cotidiano urbano paulistano e da cultura popular brasileira, com uma forte presença de referências arquitetônicas e simbólicas, como fachadas de casas, bandeirinhas e mastros de festividades tradicionais.

Trajetória Artística e Exposições

Zi Facella consolidou sua carreira ao longo das décadas, participando de diversas exposições individuais e coletivas. Entre as mais importantes, destacam-se:

  • 2004: Participação na homenagem ao artista uruguaio Carlos Páez Vilaró, no Memorial da América Latina.

  • 2004: Realização da primeira exposição individual no Espaço Cultural PRODAM, em São Paulo.

  • 2005: Participação em exposição coletiva na Casa da Fazenda do Morumbi, em comemoração aos 451 anos da fundação da cidade de São Paulo, organizada pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História.

  • Outros eventos: Ao longo dos anos, Zi expôs em galerias importantes do Brasil, sendo reconhecido por sua abordagem sensível e refinada da geometria e da cor.

Estilo e Influências

A produção artística de Zi Facella reflete uma profunda preocupação com a composição e a harmonia das formas. Sua obra transita entre o abstracionismo geométrico e o lirismo da pintura figurativa, criando pontes entre a tradição e a experimentação contemporânea.

Embora Volpi tenha sido sua principal referência, seu trabalho também dialoga com nomes como Paul Klee, Joaquín Torres García e Lygia Clark, explorando a estruturação da imagem por meio de cores e linhas precisas. Sua paleta cromática é rica e equilibrada, evocando sensações de movimento e profundidade.

A relação com a arquitetura popular brasileira é uma constante em sua obra, assim como a representação sutil de festividades e símbolos da cultura nacional. Seu processo criativo envolve a aplicação de várias camadas de tinta, permitindo que a transparência e a sobreposição criem novos significados dentro de cada composição.

Legado e Continuidade

Zi Facella continua a produzir e expor suas obras, consolidando-se como um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira. Além de seu trabalho como pintor, atua na preservação e difusão do legado artístico de Alfredo Volpi, mantendo viva a conexão entre passado e presente dentro da tradição pictórica nacional.

Atualmente, reside no bairro do Cambuci, em São Paulo, onde mantém seu ateliê e espaço de criação. Casado e pai de dois filhos, dedica-se integralmente à sua arte, buscando novas formas de expressão dentro de sua linguagem única e sofisticada.

Seus trabalhos seguem sendo estudados e valorizados tanto por colecionadores quanto por críticos de arte, garantindo que seu nome se mantenha como uma referência no cenário artístico brasileiro